Berlim:
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, demitiu na quarta-feira seu rebelde ministro das Finanças, Christian Lindner, significando a ruína para a coalizão de três partidos, embora Scholz pudesse permanecer em um governo minoritário.
A medida ocorreu após semanas de disputas acirradas que abalaram o governo de coalizão entre os social-democratas de Scholz, os democratas livres de Lindner e os verdes.
Scholz demitiu seu ministro das Finanças durante uma reunião decisiva com figuras importantes dos três partidos ideologicamente díspares na chancelaria, disse à AFP o porta-voz de Scholz, Steffen Hebestreit.
A chancelaria agendou uma conferência de imprensa para 2015 GMT, e Lindner anunciou declarações à mídia logo depois, a serem seguidas por políticos Verdes.
O falcão fiscal Lindner propôs reformas abrangentes para impulsionar a conturbada economia alemã, à qual os outros dois partidos se opunham, e há muito que flertava com o fim da infeliz coligação.
Ele alertou repetidamente sobre “um outono de decisões” à medida que negociações orçamentárias difíceis se aproximavam.
O vice-chanceler Robert Habeck, dos Verdes, alertou que as eleições presidenciais dos EUA, os problemas económicos da Alemanha e as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente fazem deste “o pior momento para o fracasso do governo”.
O diário Bild informou que na quarta-feira ele disse às outras partes que as conversações dos últimos dias mostraram que não havia consenso suficiente sobre a política económica e financeira.
Lindner argumentou que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA tornou a reviravolta económica ainda mais urgente.
O jornal acrescentou que Lindner sugeriu que os partidos optassem por novas eleições no início de 2025, mas que Scholz rejeitou a proposta.
Se confirmado, isto sugeriria que os Sociais Democratas e os Verdes procurarão permanecer no poder como um governo minoritário até às eleições agendadas para Setembro de 2025.
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