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Destaques das negociações climáticas da ONU ao longo dos anos

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A conferência climática da ONU deste ano em Baku, no Azerbaijão, marca a 29ª reunião de lideranças mundiais para enfrentar o aquecimento global desde a primeira “Conferência das Partes” em 1995.

Aqui estão alguns dos momentos mais significativos na história das negociações climáticas:

1800 – Durante cerca de 6.000 anos antes da era industrial, os níveis globais de dióxido de carbono atmosférico (CO2) permaneceram em torno de 280 partes por milhão (“ppm”). Vários cientistas europeus começam a estudar como diferentes gases retêm o calor e, na década de 1890, Svante Arrhenius, da Suécia, calcula o efeito da temperatura ao duplicar os níveis atmosféricos de CO2, demonstrando como a queima de combustíveis fósseis aquecerá o planeta.

1938 – O engenheiro britânico Guy Callendar determina que as temperaturas globais estão a aumentar em linha com o aumento dos níveis de CO2, e levanta a hipótese de que os dois estão ligados.

1958 – O cientista americano Charles David Keeling começa a medir os níveis de CO2 no Observatório Mauna Loa, no Havaí, resultando no gráfico “Curva de Keeling” que mostra o aumento das concentrações de CO2.

1990 – Na Segunda Conferência Mundial do Clima da ONU, os cientistas destacam os riscos do aquecimento global para a natureza e a sociedade. A primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, apela a metas vinculativas de emissões.

1992 – Os países presentes na Cimeira da Terra do Rio assinam a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC). O tratado estabelece a ideia de “responsabilidades comuns mas diferenciadas”, o que significa que os países desenvolvidos devem fazer mais para combater as emissões que provocam o aquecimento climático porque foram os que mais emitiram historicamente.

1995 – Os signatários da UNFCCC realizam a primeira “conferência das partes”, ou COP, em Berlim, com o documento final apelando a metas de emissões juridicamente vinculativas.

1997 – Na COP3 em Quioto, no Japão, as partes concordam em cortes variados de emissões para cada um dos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, os republicanos do Senado denunciam o Protocolo de Quioto como “morto à chegada”.

2000 – Depois de perder as eleições presidenciais dos EUA, Al Gore começa a dar palestras em todo o mundo sobre ciência e política climática que eventualmente são transformadas no documentário de 2006, Uma Verdade Inconveniente. O filme ganha um Oscar, enquanto Gore e a autoridade climática da ONU – o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – recebem o Prêmio Nobel da Paz.

2001 – O presidente dos EUA, George W. Bush, chama o Protocolo de Quioto de “fatalmente falho”, sinalizando a saída efectiva do país.

2005 – O Protocolo de Quioto entra em vigor depois de a Rússia o ratificar, cumprindo um requisito de ratificação por pelo menos 55 países responsáveis ​​por pelo menos 55% das emissões.

2009 – As conversações da COP15 em Copenhaga quase fracassaram depois de disputas sobre um quadro pós-Quioto, com os países a votarem para “tomar nota” de uma declaração política não vinculativa.

2010 – A COP16 em Cancún não estabelece novas metas vinculativas de emissões, mas os Acordos de Cancún estabelecem um Fundo Verde para o Clima para ajudar os países em desenvolvimento a reduzirem as emissões e a adaptarem-se às condições de um mundo mais quente.

2011 – As conversações da COP17 em Durban, na África do Sul, vacilam depois de a China, os Estados Unidos e a Índia recusarem cortes vinculativos de emissões antes de 2015. Os delegados, em vez disso, prolongam o Protocolo de Quioto até 2017.

2012 – Enquanto a Rússia, o Japão e a Nova Zelândia resistem a novas metas de emissões que não se estendem às nações em desenvolvimento, os países presentes na COP18 em Doha prolongam o Protocolo de Quioto até 2020.

2013 – Os níveis atmosféricos de CO2 ultrapassam 400 ppm pela primeira vez na história registrada.

2015 – A temperatura média global sobe mais de 1 grau Celsius em relação à média pré-industrial. As negociações da COP21 resultam no Acordo de Paris, o primeiro pacto a exigir compromissos cada vez mais ambiciosos em matéria de emissões por parte dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os delegados também se comprometem a tentar manter o aquecimento dentro de 1,5 C (2,7 Fahrenheit).

2017 – O presidente dos EUA, Donald Trump, promete retirar os Estados Unidos do tratado de Paris, o que acontece em 2020.

2018 – A ativista adolescente Greta Thunberg chama a atenção global enquanto protesta em frente ao parlamento sueco e, com o tempo, reúne jovens para se juntarem aos protestos climáticos semanais em todo o mundo.

2020 – A COP anual é adiada em meio à pandemia de COVID-19.

2021 – O recém-eleito presidente dos EUA, Joe Biden, volta a aderir ao Acordo de Paris. Mais tarde, na COP26, o Pacto de Glasgow estabelece o objectivo de utilizar menos carvão e resolve algumas regras para o comércio de créditos de carbono para compensar emissões.

2022 – O Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas alerta que o mundo corre o risco de sofrer alterações climáticas catastróficas e irreversíveis. Mais tarde nesse ano, a COP27 em Sharm el-Sheikh, no Egipto, concorda em formar um Fundo de Perdas e Danos para desastres climáticos dispendiosos, mas faz pouco para abordar as emissões que alimentam tais desastres.

2023 – Na COP28, nos Emirados Árabes Unidos, produtores de petróleo, os países concordam em abandonar o uso de combustíveis fósseis.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)


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